sexta-feira, julho 23, 2010

Aprendam que eu não duro sempre!

I. AOS 5 ANOS
Esta idade marca o fim e o começo duma etapa de crescimento. A própria criança parece ter consciência de ter atingido um cume ao dizer: “Tenho 5 anos!”.
Torna-se mais dona de si mesma, mais reservada. A sua relação com o ambiente manifesta-se em termos mais amistosos.
O seu mundo é de aqui e de agora. O centro deste mundo continua a ser ocupado pela mãe. Não tem ainda maturidade para formar conceitos e sentir emoções abstractas, Possui um forte sentido de posse, sobretudo com as coisas de que gosta.
Dentro do âmbito familiar fará perguntas próprias: Para que serve? De que é feito? Pensa antes de falar. Querem saber para sentir a satisfação do êxito pessoal e de aceitação social.
II. AOS 6 ANOS
Aos 6 anos, a criança deseja a companhia de outras crianças. No jogo e nos seus companheiros encontra as suas próprias experiências que, unidas ao ensino e exemplo dos mais velhos, a ajudarão a alcançar um maior equilíbrio e maturidade psicológica.
1. Uma mudança psicológica na sua personalidade
Adquiriu já um número considerável de conhecimentos que vão aumentando e variando constantemente as noções que tem do mundo. Quanto mais rico se torna em noções, menos rico é em intuições. Compreende mais coisas, mas adivinha menos. É mais inteligente e menos intuitivo (embora o seja e muito).
A mudança é menos evidente nas crianças com pouca convivência, menos sociabilizadas. E ainda menos acentuada nos que viveram num lar truncado. A criança que não tem mãe, entra mais tarde na vida sentimental, e a que não tem pai, tem dificuldade em começar a definir o seu carácter.
A mudança que se manifesta nesta etapa é devida também à educação. Se dia após dia, os excessos dos impulsos são travados, e os desvios orientados, algo se terá de reflectir na personalidade da criança.
2. Iniciação do carácter
O carácter não é um elemento mais da personalidade. É a síntese dos elementos da personalidade. Nestes anos começa já a formar-se o carácter e sobretudo define-se já para um sentido determinado.
A presença do carácter é o que dá aos pais a sensação de uma grande mudança.
A criança nesta etapa, projecta-se para o mundo porque começa a ter carácter. Porque começa a ser.
3. A afectividade
Quanto mais rica em emoções for a vida afectiva, mais rica poderá ser em sentimentos. Quanto mais inteligente, menos cedo poderá transformar as suas emoções em sentimentos. Mas os sentimentos, tal como as emoções, necessitam de algo externo para se elaborarem; e, para darem um tom afectivo a toda a personalidade, necessitam dum estimulo. A vida de comunicação afectiva. A sua necessidade fundamental é sentir-se amada. Por isso, só nesse ambiente de segurança afectiva é que a criança se pode sentir bem. Este estimulo, nascido no exterior ou na própria interioridade da alma, será mais fácil numa vida na qual a relação com o mundo seja dilatada, na qual a inteligência seja activada, na qual haja uma educação constante. A criança, por si só, poderá chegar também a possuir todos os sentimentos. Nenhuma criança deixa jamais de ter todos os sentimentos, nem nenhum educador poderá criar qualquer sentimento. Mas a criança isolada, de escassa inteligência, que sofreu uma educação descuidada é pobre na sua vida afectiva; os seus sentimentos estão pouco diferenciados, não se manifestam claramente. A criança nestas condições não passa, quase, do prazer e da dor, e dos sentimentos egoístas.
Na criança de 2 a 4 anos, os sentimentos já são abundantes. Na de 4 a 7 já estão quase todos esboçados; embora não se possa dizer que sejam mais numerosos que as emoções, porque estas são determinadas por um número de estímulos que as provocam. Pode-se garantir que toda a vida afectiva da criança começa a ser já dirigida, tanto pelos sentimentos como pelas emoções.
Uma característica essencial da vida afectiva da criança é a ausência absoluta de paixões, que não aparecem antes da puberdade ou vida adulta. Se aparecem antes, deveria suspeitar-se duma personalidade patológica. Esta ausência de paixões não impede que alguma vez as emoções da criança (cólera, ira, temor) possam chegar a criar um estado passional momentâneo. Mas se são frequentes, são também o produto duma personalidade ou educação desviadas do seu rumo certo.
Copiado daqui.
(Continua amanhã)

1 comentário:

Anónimo disse...

Qué-se-dizer... agora é a sério então :s GLUP! (ai a responsabilidade balha-me deus :p)

jocas

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